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O supérfluo não é, por certo, indispensável à felicidade, mas não se dá o mesmo com o necessário. Ora, a desgraça daqueles que estão privados do necessário não é real?

O homem não é verdadeiramente desgraçado senão quando sente a falta daquilo que lhe é necessário para a vida e a saúde do corpo. Essa privação é talvez a consequência de sua própria falta e então ele só deve se queixar de si mesmo. Se a falta fosse de outro, a responsabilidade caberia a quem a tivesse causado.