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Concebe-se que o homem seja feliz na Terra quando a Humanidade estiver transformada, mas, enquanto isso não se verifica, pode cada um gozar de uma felicidade relativa?

O homem é, na maioria das vezes, a causa de sua própria infelicidade. Praticando a lei de Deus, ele pode se poupar de muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto comporta a sua existência num plano grosseiro.

Somos ‘punidos’ nesta vida pelas infrações que cometemos às leis da existência corpórea, pelos próprios males decorrentes dessas infrações e pelos nossos próprios excessos. Se remontarmos pouco a pouco à origem do que chamamos infelicidades terrenas, veremos estas, na sua maioria, como a consequência de um primeiro desvio do caminho certo. Em virtude desse desvio inicial, entramos num mau caminho e de consequência em consequência, caímos afinal na desgraça.

Comentário de Kardec: O homem bem compenetrado do seu destino futuro não vê na existência corpórea mais do que uma rápida passagem. É como uma parada momentânea numa hospedaria precária. Ele se consola facilmente de alguns aborrecimentos passageiros, numa viagem que deve conduzi-lo a uma situação tanto melhor quanto mais atenciosamente tenha feito os seus preparativos para ela.